terça-feira, 24 de novembro de 2009

PEQueNAS traGÉDIAs COtidIANas....


Cheguei no escritório e me informaram...
tens que ir a Porto Alegre...
falar com um ilustríssimo...
ok...

Fiquei bem feliz porque amo viajar...
e lá fui eu...abastecer...comprar cigarro...
um litro de suco hiper gelado...
chicletes...

Faceira da vida, voltei pro escritório pra pegar a documentação..
peguei a bolsa e tal...tô saindo...
só ouvi um: "Opa!! espera que a dona fulana quer ir junto...
ela quer falar o com o digníssimo também..."
afinal o recorrente em questão era o filho...

pensei.."ai"...shit...shit...
bom...tá...vamos lá...
"Que nada!! a senhora essa é super legal!" me avisaram...
ok...me encaminhei à residência da Dona Super Legal...

Quando estaciono o carro, sai do portão a Sra. Tudo de bom...
75 anos...2 derrames...meia renga...
saí do carro...cumprimentei...abri a porta...
acomodei...
quando sentei no carro, fechei os vidros e liguei o ar ela avisa:
"Eu enjoô..."

Calor de 30 graus....abre todas as janelas do carro...
Ela faceira, eu cocei a testa...
Pensei: "iii...meu rock'n roll foi pro espaço...."
sintoniza na Guaíba...baixinho..
acelera e vai!

"Eu enjôo..."
ok...80 Km por hora...duas horas até Porto Alegre...
devia ter levado minhas palavras cruzadas pra fazer enquanto dirigia...
No meio da viagem...eu morrendo de calor...
não dava pra fechar a janela e ligar o ar...
eu enjoô...
de repente...dei uma de canto de olho...a cabeça da dona Super Legal
tava caída pro lado...

Olhei mais de perto....dormindo....
Nessa altura, já conversando comigo a mais de uma hora..
imaginei se a dona super bacana usava dentadura...
dei um freiadinha...a cabeça pendeu pra frente...nada caiu...
ri sozinha...

5 minutos depois...freiadinha...nada...
freiadinha...nada...
só podia usar corega...
ela abre o olho e me vê....com todos os dentes a mostra...
guria simpática eu....ahãm...

Chegamos...meu suco borbulhando...minha carteira de cigarro fechada....
vou ao chiclete..
Entramos no Tribunal...elevadores...
aquele mar de gente...todos ansiosos pra abrir a porta do elevador
e se jogar pra dentro num típico dia de liquidação das Casas Bahia.

Nisso, um nobre colega me empurra elevador adentro e eu,
fina que sou, engato o salto no vão do elevador e "plec"...
quebrou.

Saí capengando do elevador como uma bêbada...
pensando na Gisele Bunchen desfilando com akela sandália
destroçada...caminhando como uma deusa...
eu me convencendo: "eu posso...eu posso!"
Dona super legal me seguindo...

Bati na porta do gabinete...entrei...
avisei minha acompanhante 2 derrames:
"A sra. senta aqui e me espera..."
ok...
fiz o que tinha que fazer...a dona super gente boa
conseguiu falar com o digníssimo...
recado dado...quero ir embora.

Saí do tribunal com a dona gente boa a tiracolo...
suando...capengando....a fim de fumar um cigarro...
língua grudada no céu da boca...
exausta...

Abri a porta do carro pra dona hiper show sentar...
dando a volta no carro...fumando um cigarro...
ah...sabe o que?
abri o porta mala...joguei meu sapato lá dentro...
entrei no carro...lacrei os vidros...
liguei o ar condicionado no três...
botei o bom rock'n roll pra tocar...
estiquei o braço pra minha supimpa parceira de viagem...
e disse:
"A sra. por favor vomita na sacolinha."
(só pensei em parar pra comprar uma melancia na volta....)

Um comentário:

  1. Hehehehee, é, são coisas que acontecem. Uma vez eu e meu "falecido" programamos de ir para Floripa no Carnaval e ele, sem me avisar, convidou a "mommy" pra ir junto. Tri, né? "A coitadinha não vai para a praia há anos". Foram quase 10 horas andando há 80 km/h, eu, o digníssimo, meu cunhado e a véia. Colocava na Guaíba, ela cantava, colocava um rockzinho, ela fazia cara que quem tinha comido jiló. Perguntava a cada 20 minutos se faltava muito, reclamava que o cinto de segurança tava apertando a cada 10 minutos e quando chegamos em Florianópolis, a véia desgranida resolveu virar guia turístico e explicar onde dava cada rua da cidade. Arrrgh, só de lembrar me dá raiva hehehe. Quando chegamos na praia onde alugamos casa, eu pulei do carro e fui até a minha irmã, que estava dirigindo o outro carro do comboio e disse: deixa eu desabafar contigo antes que eu mate aquela velha do c... hehehehehe. Tudo isso para ela passar o carnaval todo reclamando do frio, do sono, da dor de cabeça e de que não queria ir a nenhum passeio. Na volta, eu não pensei duas vezes: joguei a dita cuja no carro da minha irmã e segui viagem com o rock a toda. Não levou nem dois meses depois daquilo para a "separação de corpos" hehehe. Beijos!

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